terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O pastor e sua aldeia - parte I

A primeira lembrança que eu tenho de Limoeiro data da minha infância, quando eu tinha doze anos e vim estudar aqui durante um ano, me preparando para entrar no Seminário em Fortaleza. Antes eu vinha, como todo garoto da roça, para aquelas festas religiosas tradicionais, especialmente a festa do Natal e o período do tempo da Páscoa, cumprindo aquele mandamento: confessar ao menos uma vez cada ano pela Páscoa da Ressurreição.
Bem, passando aqui um ano, eu participei da vida estudantil daquele tempo no Educandário Padre Anchieta, e ainda me lembro de que Limoeiro era muito mais animado, no sentido de congregar o povo para a realização de festas cívicas e religiosas. Isso, acredito, a cidade hoje perdeu muito. Também a cidade cresceu e os centros de interesse das pessoas hoje são outros. A entrada da televisão, por exemplo, é um fato que todo o mundo conhece. Em vez de aumentar a comunicação entre as pessoas, fez com que estas se isolassem mais um suas casas, nos seus lares. O ponto de atração é, na verdade, a telinha da televisão.
No meu tempo de seminário, o tempo de férias eu passava quase sempre lá no Sapé, onde nasci, mas tinha muito contato com a cidade, especialmente no que se refere ao meio religioso. Desde 1953 minha vida passou a se identificar com a vida da própria cidade, tanto no setor do trabalho de educação quanto naquilo que é uma atividade minha, específica, como um ministro da Igreja.

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