quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O pastor e sua aldeia - parte III


É um povo religioso [o povo limoeirense], tem uma tradição religiosa muito firme, embora em certa camada da população, sobretudo da classe média-alta para cima, haja um afastamento da prática religiosa. Mas é uma cidade que tem tradições religiosas muito vivas, muito fortes, talvez superadas aqui no vale do Jaguaribe só mesmo pela cidade de Russas, onde a tradição e a prática religiosa continuam muito mais fortes. É até estranho porque aqui é a sede da Diocese. Nota-se, por exemplo, que a população rural, aquela que habita na zona suburbana ainda é muito mais freqüentadora da Igreja do que mesmo a população urbana. Mas isso são oscilações normais na vida das comunidades. Eu acredito que o fundamento, aquela fé mais profunda do nosso povo, se mantém constante.Houve, quando da criação da Diocese, um imenso trabalho e um admirável espírito de solidariedade para, por exemplo, a constituição do seu patrimônio e para a criação das grandes escolas tradicionais que nós temos. Quer dizer: é também um povo que tinha um sentido de solidariedade muito grande. Talvez hoje, não sei, isso seja menos. Mas Limoeiro se caracterizava por isso. Até as lideranças políticas, que divergiam no tempo das campanhas, se solidarizavam quando se queria realizar qualquer coisa de grande importância para o bem público da comunidade, para o bem público da nossa cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário