quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O pastor e sua aldeia - parte II


Se eu quisesse caracterizar o povo da minha cidade, eu diria que Limoeiro é uma cidade realmente acolhedora; é uma cidade aberta, não obstante ter ficado muito tempo à margem das vias de comunicação, aquela que a gente chamava antigamente de Transnordestina, hoje BR-116. Limoeiro ficou isolada, pois a ponte que nos liga à BR e o ramal são coisas recentes. A ponte data de 64, 65, e esse ramal é mais ou menos contemporâneo.
No entanto, na história da nossa cidade, bem no fim da década de 30, houve um acontecimento, um fato, uma realização importante dos nossos pais e avós, que foi criar na cidade uma rede de escolas de 1º e 2º graus, começando pelo Grupo P.e Joaquim de Menezes, depois Escola Normal de Limoeiro, Colégio Diocesano, Patronato e assim por diante. Essas escolas atraíram jovens não só do município de Limoeiro, mas dos municípios vizinhos e até de outras regiões do Estado. Acredito que isso tenha dado ao nosso povo essa qualidade, essa nota de acolhimento de todos aqueles que vêm de fora. Às vezes a gente, conversando, diz que Limoeiro se abriu demais; devia ter preservado um pouco a sua intimidade, a sua privacidade. Mas eu acredito que isso é realmente um fato positivo para o nosso povo. Nosso povo não faz nenhuma discriminação a quem quer que chegue aqui, se instale e queira trabalhar, e acolhe qualquer um como sendo mesmo limoeirense, haja vista aí a nossa câmara Municipal pelos títulos de cidadania que tem concedido a muitas dessas pessoas. Algumas realmente mereceram por trabalhos aqui realizados; outras talvez mais por questão de influência de natureza política ou amizade pessoal com algum vereador.

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